ELEIÇÕES 2006 (hora de acordar)
Há sempre aqueles que dizem que o voto se faz necessário. Que é um direito e um dever de cidadão. Concordo. Mas apenas uma minoria de nossa sociedade tem a verdadeira capacidade de observar os fatos de forma crítica. E menos ainda são aqueles que têm a tenacidade de fazer uma marcação cerrada junto àqueles que ajudou a eleger. A grande legião de inocentes úteis é que define uma eleição. Seguem como cordeirinhos pacíficos na eterna ilusão desencadeada pelo período eleitoral. Acreditam nas balelas hipócritas, nas bravatas de denúncias de timming impecável que seguem sempre os interesses de alguém. Não enxergam os fatos das entrelinhas.
Um alento dessa nova corrida eleitoral, embora fraco, vale ser ressaltado: a campanha que o Tribunal Superior Eleitoral colocou na mídia, conclamando os eleitores a serem mais críticos na escolha de seus candidatos e lembrando que, mesmo após as eleições, o dever do eleitor não termina. Lembra que é preciso acompanhar o trabalho dos políticos sempre - de perto e com críticas e cobranças. Coloca o fato de que, na verdade, os deputados, governadores, senadores e presidente são nossos funcionários. A maioria de nossos compatriotas parece ter esquecido tal fato.
O eleitor brasileiro não sabe realmente o quanto de poder possui. Décadas de uma lavagem cerebral que transforma a grande massa em nada mais do que ovelhas conformadas, tiraram o fôlego do povo para brigar por seus direitos, cobrar dos governantes e buscar a justiça. Acredita-se que “as coisas são assim mesmo”, que “não há nada a ser feito”. Mas há. Podemos começar com uma escolha consciente no início de outubro. E, a partir daí, fazer valer o verdadeiro poder do voto, cobrando honestidade e respeito. Cada um está livre para escolher de qual forma irá atuar nesse caminho. Mas que seja de forma ativa, aberta e firme. Não há mais espaço para gaiatos com amnésia na minha lista de candidatos. E na sua?