CENTRÍFUGA

29.5.07

CENTRÍFUGA NA TV?

BG de abertura do programa Centrífuga...

Em breve colocaremos o "piloto" na íntegra.

25.5.07

ENTRE BOBOS E NOBRES –o retorno


No Post anterior, falamos do Papa Bento XVI, do aumento de salário dos nobres deputados e da confusão entre Clô e Cida(também deputados). Dando continuidade ao comentário do que acontece no país Tupiniquim, é preciso que abordemos a onda das Operações dos últimos tempos no Brasil. A criatividade já começa pelos nomes, Furacão, Navalha, Sanguessuga, Thundercats, Tio Patinhas, Dominó, entre outras. Por isso, o entre Bobos e Nobres retorna para discutir mais uma de nosso querido Brasil.

A criatividade é válida e as ações também. Mas me preocupo com a impunidade, culpada de grande parte da corrupção e do banditismo. Preocupo-me com a violência crescente, com a desigualdade social cada vez maior, com a onda de Operações que caçam os bandidos corruptos e que logo em seguida estão soltos rindo de tudo isso.

Penso nos coronéis que adoram aproveitar as feiras para aparecerem em notinhas sociais. Nossa e como tem isso. Pobre dos repórteres que têm de agüentar a ignorância e o mau hálito dos nobres. Penso nos cartéis em todos os segmentos e na luta de classes sem fim. Somos os explorados, pagamos mico em pensar que o país Tupiniquim tem jeito. Mas neste país é assim, quanto mais filhos e assistencialismo (paternalismo) melhor. Ganham os políticos com cara de bonzinho e slogans com rimas e musiquinhas. Ganham as progenitoras capitalistas que fazem a boquinha com o Bolsa Família. Neste país, tem espertinho para todo o lado, não há partido que possamos confiar. Para não perder a rima, é a robalização na era da globalização. E o PAC virou Programa de aceleração da corrupção. Mas é o país que tem a esperança que um dia alguma coisa vai dar certo.

Mas há uma saída. Precisamos participar mais, cobrar dos nossos "representantes", participar dos movimentos sociais e colocar em pauta, onde quer que seja, as nossas opiniões. Não podemos calar. Se assim for, ocuparemos de vez o lugar que não queremos. Neste mundo, há uma escolha, ser o Bobo ou o Nobre.



ÓSCULOS E AMPLEXOS PARA TODOS!


Klever Schneider

16.5.07

DOCUMENTÁRIO

DO DESPERDÍCIO AO LIXO
Parte 1


Parte 2


Documentário, 11 min., Brasil, 2006
Direção: Klever Schneider & Sérgio Dourado
Equipe de pesquisa: Vanessa Marx, Julho Reis, Élida Maria e Rodrigo Magalhães
Trilha Sonora: Sérgio Dourado & Julho Reis
Câmera & audio: Nino Pereira
Edição: Nino Pereira, Klever Schneider e Sérgio Dourado
Orientadora: Prof. Regina Célia (Cidadania e Meio Ambiente - Facvldade Maurício de Nassau)

13.5.07

Entre Bobos e Nobres

Que semana!

O Papa Bento XVI está no Brasil e enquanto a mídia toda aborda a visita e os suspiros do Pontífice, os congressistas aprovaram de mansinho o aumento de 28 por cento em seus salários. Legal! Vamos deixar por isso mesmo! Afinal todos aqui ganham aumento corrigido com a inflação, todos aqui trabalham de terça a sexta, temos jatinhos, hospedagem e alimentação garantidas, ninguém é estagiário explorado pelo chefinho que sabe tudo, temos assessores disponíveis,etc, etc.

Mas o aumento, isto não é importante a mídia abordar. O mais importante é o Papa Bento XVI, chegar aqui é dizer que é contra aborto, métodos anticoncepcionais, uniões fora dos padrões, se é que vocês me entendem. Mas isso não importa, o que vale é mostrar o jogo de cena entre os deputados no Congresso, Clodovil e chorosa e “feia Cida”. Coitada, ficou magoada, e teve apoio dos coleguinhas, os mesmo que votaram no aumento dos salários. Mas não se preocupem, logo foi atendida pelos médicos e enfermeiros de plantão do Congresso. Mas Clodovil! Pra que fazer isto? Beleza é algo relativo, subjetivo e depende das doses de álcool que bebemos. Pior que isso é dizer que nem para profissional do sexo ela serviria.

Fiquei impressionado com a rapidez da equipe médica do Congresso. Fiquei imaginando o dia em que grande parte da população, que se dirige aos Hospitais Públicos, seja atendida assim. Mas ,hoje, eles sofrem e choram por suas dores, choram porque voltam para casa sem atendimento ou ficam ali mesmo, nos corredores, no chão a espera de uma ficha para serem atendidos. Porque Cida e Clodovil não se preocupam e brigam para aliviar as dores de grande parte da população que mal consegue comprar a cesta básica, ou aqueles que há anos não recebem um aumentinho. Porque não falam das filas nos hospitais que crescem como os salários dos nossos deputados federais, e presidente e conseqüentemente nos deputados estaduais., é o chamado efeito cascata. Cascata é as lorotas que eles contam quando pedem votos e depois fazem este papelão. Que reino é este ? Será que o Papa sabe disso?

Mas deixem o Papa falar, deixem a mídia mostrar. Ele é contra o aborto, o uso da camisinha, a eutanásia, os homossexuais. E nós cá estamos sempre falando de prevenção, contra preconceitos, estabelecendo diálogos, pedindo para todo mundo usar a camisinha, ou todo mundo respeitar o próximo. Mas o Papa disse e o Brasil, em maior número de católicos, como age, afinal, não é o Papa que devem ouvir? Mas o Papa pode falar, pode dizer o que pensa, ele é o Papa..

E assim na surdina vai acontecendo de tudo pelos bastidores políticos. Deputado maluco, deputada chorando e aumento de salário. Quem não quer um? Mas cá ficamos esperando que algo de bom aconteça no País Tupiniquim. O Papa vai embora, disse aquelas coisas todas. Mas digamos, que o Brasil dá um jeitinho, relativiza tudo, não somos tão radicais. Por isso, as filas dos hospitais continuarão aumentando assim como a miséria e o salário dos nobres brasileiros. Bem que o Papa poderia excomungá-los. Mas cá ficamos. Engolimos mais uma dos nossos representantes. Este é mais um capítulo da Corte. Eles são os nobres e nós somos os Bobos. Sem problemas. O Brasil tem tantos títulos, somos a maior população católica. Aí eu pergunto: E eu com isso?
ÓSCULOS E AMPLEXOS PARA TODOS!
KLEVER SCHNEIDER

9.5.07

TRABALHO PESADO

Há muita coisa errada no mercado de trabalho brasileiro, que obviamente também acontece em países que não tratam como deveriam as relações de trabalho. Mas, em se tratando de Brasil: lindo, trigueiro e de encantos mil, onde já existe uma carga tributária opressora, somam-se as mazelas de um corpo legal trabalhista que espanta os empregadores, assim como a justa remuneração a qual faria jus o empregado.

Algumas empresas flertam com o perigo da irregularidade e o risco de pesadas multas, ao tomar medidas que burlam os entraves trabalhistas e desoneram suas folhas de pagamento. A não assinatura da Carteira de Trabalho é uma prática até comum hoje em dia. O risco até compensa, caso o empregado nunca chegue a ajuizar uma reclamação trabalhista. Mas, ocorrendo isto, é quase certo que a empresa amargará uma derrota acompanhada de uma forte dor nos bolsos. Não há que se defender as irregularidades cometidas pelos empregadores. Mas acredito que nossa economia poderia crescer a passos mais largos com uma flexibilização maior do custo trabalhista para o empregador. Haveria menos medo de empregar. Haveria menos medo de pagar salários mais condizentes com as reais necessidades humanas.

Outra prática que está se tornando bastante comum no mercado hoje é a contratação de mão de obra mais barata. O normal é pegar alguns estagiários e colocá-los para ralar como profissionais em troca de uma remuneração pífia, se comparada ao salário de um profissional da área. O cúmulo da distorção ética e moral chega a ser anunciado em sites e classificados Brasil a fora: "Procura-se estagiário na área X, com experiência...". Ora, se um dos requisitos é a experiência na área, então não há que se falar em oportunidade de estágio, mas sim de emprego. Se o universitário já possui experiência, está qualificado para exercer determinada função, e é efetivamente colocado para exercê-la, por que não reconhecê-lo como empregado de fato e de direito, com vencimentos compatíveis com a função que ocupa? E nem cola a desculpa da carga horária menor, pois é comum hoje em dia estagiário com carga horária de mais de 6 horas diárias.

O que se precisa buscar, creio eu, é um meio termo entre a justa remuneração, a qualidade de vida e a desoneração das empresas (menos impostos e obrigações trabalhistas). Quem sabe o resultado seria menos casos de sonegação fiscal e um aumento nos salários e na oferta de vagas de emprego?

Sergio Dourado

4.5.07

Era uma vez...

Após os últimos tópicos do Centrífuga e os comentários que chegaram até eles, cheguei a conclusão que, embora divergentes, estamos no caminho certo. Temos uma visitação considerável,temos uma participação pró-ativa dos colaboradores, mesmo que através das palavras, não chegamos ao mesmo pensamento.


Acredito que, mesmo frutos de uma Ideologia Dominante estamos dando passos e percebendo que precisamos acordar. Acordar e perceber que ainda somos vítimas da corrupção, das balelas, da falta de comprometimento de nossos representantes, da ausência de novos líderes e de lutas que atendam às necessidades atuais.



Precisamos entender que elas devem ser pensadas coletivamente, quanto mais gente numa luta melhor. Não sabemos tudo, achamos que nossas idéias são melhores que a dos outros e esquecemos que tudo isso passa. Um dia mal seremos lembrados! A não ser que ganhemos espaços nos livros de História, e olha que muitos destes personagens foram esquecidos.Chegaremos um dia se perguntaremos: Para que tudo isso?



Acredito que temos sim que fugir do velho joguete, do certo e errado, a visão maniqueísta que nos cega diante de todas as possibilidades, e a todos nós. Em nossa vida, reproduzimos discursos, fomos criados pela nossa família, por uma educação autoritária e ditatorial, pela religião, por amigos ou por uma maioria que nos oprime, temos que s calar algumas vezes e isto faz parte da vida.



Entendo que, diante de tudo o que foi colocado anteriormente, todos temos o pensamento de acertar. Não cabe aqui julgar quem tem razão, o que é clichê ou é melhor. Cabe apenas refletir e encontrar na diferença, um ideário e tentar criar um mundinho melhor.


Mas isto é questão de aprendizagem, nestes 15 meses de blog, discordei, concordei e fui agressivo com alguns colaboradores. Reconheci erros, esperei que outros assim o fizessem. Mesmo que de lado opostos, diante de tantas subjetividades e reproduções, continuamos expressando o que sentimos e aprendemos com a vida, com o meio acadêmico, a profissão.


Mas somos todos ambíguos! E assim, lembro de uma música que Oswaldo Montenegro canta: “Todo mundo é lobo por dentro” e em outra, e em outra diz: “Em terra de cego quem tem um olho é rei”. Somos humanos, erramos, amadurecemos, regredimos e começamos tudo de novo, como naquelas historias “Era uma vez...”.




Ósculos e Amplexos para todos!


Klever Schneider