ESPERA

Antes de se esbaldar em comemorações precipitadas a respeito de qualquer governo, tanto os recém iniciados, quanto os que foram reeleitos, há que se procurar fazer uma observação mais apurada de tudo. Tanto em relação a como as coisas estão sendo conduzidas pelos novos representantes eleitos pelo povo, bem como em relação às pessoas que cercarão os chefes dos executivo estadual e federal, dividindo com os mesmos o poder de decisão e execução.
Você está por dentro dos secretários estaduais nomeados pelo seu governador? E quanto aos ministros de Lula? Quem são os titulares das pastas?
No caso do governo federal, as politicagens e conversas reservadas ainda não foram suficientes para chegar a um consenso sobre os nomes de alguns ministros. Há interesses do PT, do PMDB, do PSB, de vários egos que já compõem o governo, e por aí vai. Entre um QI mais competente que o outro, o tempo vai passando e assuntos realmente importantes não conseguem sair da gaveta.
Assistimos senador ex-presidente afastado por corrupção fazer discurso melancólico na tribuna do Senado. Mas o indigesto mesmo é ter de admitir que o mesmo povo que sofre quando um mal representante sobe ao poder é o mesmo povo que sofre também da amnésia masoquista que o faz votar errado a cada dois anos e não se dá conta. Claro que a falha na formação desses cidadãos é fator decisivo para que isso aconteça. Sem educação não há consciência.
Ainda é cedo de mais para apontar êxitos ou comemorar posturas de um governo de pouco mais de 2 meses. Muito ainda há para ser ajustado. A esperança maior é que a necessidade de todo um Estado, de toda uma Nação, seja atendida: lideranças honestas e que tenham sempre em mente que não passam de servidores do povo com uma procuração nas mãos. O que significa que qualquer desvio na condução de seu cargo significa roubo.