PAUSA PARA CARNAVAL
No calendário ocidental o ano começa oficialmente à 0 hora do dia 1 de janeiro. Porém as coisas no Brasil apenas acontecem, de fato, depois de curada a ressaca do Carnaval. Sim, depois da ressaca, tendo em vista que, entre a quarta-feira de cinzas e e o Sábado seguinte, qualquer brasileiro que possa, certamente irá riscar a quinta e a sexta-feira ingratas do calendário e esticar o feriado até o Domingo.
Nesse meio tempo as coisa ficam quase que em suspenso. As decisões não são tomadas. As pessoas não se dedicam 100% ao que devem. Acontece meio que uma disseminação de um estado de letargia entre os brasileiros. Tudo é Carnaval, comemoração, folia, alegria. E alienação. A festa consome a consciência do povo, que já não funciona a contento. Nublam uma série de “causos escusos” que vamos descobrir apenas muito depois (quando eventualmente chegam a público).
Esse ano a catarse da fantasia foi meio que chamuscada por eventos chocantes ventilados pela mídia dias antes da festa de Momo. Um Domingo antes do início do Carnaval, assistiu-se em rede nacional ao depoimento chocante e ao mesmo tempo sencacionalista de uma mãe que perdeu o filho de uma forma completamente brutal e inumana. Antes que me critiquem, usei o termo sencacionalista pois, da forma como foi anunciado antes da exibição da entrevista e a forma como foi conduzida a mesma, não tinham o cunho unicamente de denunciar um fato trágico ou expor uma realidade cruel e violenta. Foi explorada a imagem da dor genuína de uma mãe e um pai para obter audiência. Isso acontece o tempo todo. E dessa vez calhou de acontecer uma semana antes da alienação carnavalesca. Uniu-se à soma de fatos preocupantes que vêm antecedendo as semanas “pré”. Há duas semanas presenciamos a selvageria incontida num “Balança Rolha” que balançou tanto que parece ter caído de vez pela Avenida Boa Viagem afora. A segurança pública faltou à festa.
Talvez esse ano o Carnaval seja mais violento. Talvez as coisas continuem na mesma. Quem sabe essa sensação de medo seja fruto apenas da maior visibilidade que a mídia resolveu dar à violência quotidiana a qual estamos sempre inadvertidamente expostos. Por garantia é melhor tomarmos todas as medidas preventivas para que não sejamos transformados de foliões em vítimas e, por conseguinte, estatísticas. Nosso governo não liga muito para elas.
Nesse meio tempo as coisa ficam quase que em suspenso. As decisões não são tomadas. As pessoas não se dedicam 100% ao que devem. Acontece meio que uma disseminação de um estado de letargia entre os brasileiros. Tudo é Carnaval, comemoração, folia, alegria. E alienação. A festa consome a consciência do povo, que já não funciona a contento. Nublam uma série de “causos escusos” que vamos descobrir apenas muito depois (quando eventualmente chegam a público).
Esse ano a catarse da fantasia foi meio que chamuscada por eventos chocantes ventilados pela mídia dias antes da festa de Momo. Um Domingo antes do início do Carnaval, assistiu-se em rede nacional ao depoimento chocante e ao mesmo tempo sencacionalista de uma mãe que perdeu o filho de uma forma completamente brutal e inumana. Antes que me critiquem, usei o termo sencacionalista pois, da forma como foi anunciado antes da exibição da entrevista e a forma como foi conduzida a mesma, não tinham o cunho unicamente de denunciar um fato trágico ou expor uma realidade cruel e violenta. Foi explorada a imagem da dor genuína de uma mãe e um pai para obter audiência. Isso acontece o tempo todo. E dessa vez calhou de acontecer uma semana antes da alienação carnavalesca. Uniu-se à soma de fatos preocupantes que vêm antecedendo as semanas “pré”. Há duas semanas presenciamos a selvageria incontida num “Balança Rolha” que balançou tanto que parece ter caído de vez pela Avenida Boa Viagem afora. A segurança pública faltou à festa.
Talvez esse ano o Carnaval seja mais violento. Talvez as coisas continuem na mesma. Quem sabe essa sensação de medo seja fruto apenas da maior visibilidade que a mídia resolveu dar à violência quotidiana a qual estamos sempre inadvertidamente expostos. Por garantia é melhor tomarmos todas as medidas preventivas para que não sejamos transformados de foliões em vítimas e, por conseguinte, estatísticas. Nosso governo não liga muito para elas.
7 Comentários:
Mas é Carnaval ...
Para muitos é tudo, alguns esperam o ano inteiro por essas semanas, pelas prévias, pelos bailes, pela folia, até mesmo pela quarta "ingrata" mas que sempre dá sinal de que logo em seguida vem a sexta, consequentemente outro final de semana ... e alguns repetem tudo, como se apenas estivessem começando um segundo carnaval ... haja saúde :)
O que venho notando é que todos estão preocupados com a violência (até os mais novos!) e acho que agora AS ALMAS SEM ALÇAS "descobriram as garrafas quebradas", verdadeiras armas nas mãos do mal! Que tapa que nada ... empurrão, soco, chutes, isso já era; agora os caras estão empunhando garrafas quebradas e dispostos a cortar quem vier pela frente, não muito diferente se estivessem usando facas!
Quanto às estatísticas do Governo, mas nem tenha dúvidas Sérgio, pois muito é omitido, as informações são distorcidas, o que possa comprometer é logo desviado do foco e o povo que se foda mesmo, sabe velho? O que interessa para eles é o retorno, o apurado, o saldo dos interesses próprios, como foi o caso do último Balança Rolha em Boa Viagem, uma clara ligação entre políticos e "empresários", entre aspas sim, porque um verdadeiro empresário (de carater e dignidade) não se vende por violência e não negocia vandalismo; o empresário de honra tem um sobrenome a zelar, mas os de Recife (entre campos, limas e silvas) me parecem despreocupados com essas questões, desconhecem totalmente a integridade e ainda são apoiados diretamente por jornalistas medíocres de colunas sociais, afinal todos eles sabem que nas próximas 72 horas a cidade esqueceu o que houve e estará pensando no Galo da Madrugada ... e novamente o povo que se foda!
Então meu irmão, seja o que Deus quiser, porque achar que "x policiamento" vai dar conta (ou dá conta) em Olinda, É PURA ILUSÃO! Digo baseado nos últimos 10 anos que EU andei pelas ladeiras (sempre de dia), meio chapado, meio ligado, mas o que EFETIVAMENTE ainda prevalece em Olinda, é o BOM SENSO da galera! Fique certo disso, pois não existe efetivo policial que consiga TENTAR controlar aquele carnaval, esqueça ...
Sábado, assim que descer do taxi, eu tomo logo a minha primeira lapada de cana em Cacau (o velho Cacau), um caldinho de feijão pra rebater, viro na esquina à direita ... e bora subir as ladeiras com o povo :)
É Carnaval!
Abraços,
Angolla
Pode ficar tranquilo, o "sensacionalista" foi bem usado. Poucos dias após do acontecido, uma prostituta tambem foi arrastada por um carro no interior de São Paulo e ninguem comentou. Não, ela não é minha parente, li em algum buraco cibernético.
E não quero crer que este ano o carnaval será mais violento. Estive pelo Recife Antigo e vi um policiamento satisfatório. E os 'cheira-cola' são os de sempre.. a Aninha mesmo, ta enorme!!! Fazia tempo que não a via.. e ta gravida!
Enfim.. feliz carnaval e próspero ano novo!!
Abraços..
Este comentário foi removido pelo autor.
Salve-se quem puder velho ... num tem jeito, inda vou dar uma passadinha em Olinda...ehehe no sábado ao menos, que é mais civilizado, depois passo.
Bom carnaval pra todo mundo.
;)
Detesto ter que ser clichê, mas Carnaval é o álcool do povo. Quem curte se joga na onda de "tudo-pode", quem não curte aproveita o feriadão. No fundo as pessoas não estão nem aí pra política, violência e o escambal. Ou pelo menos suas insatisfações não passam de uma mesa de bar. Com alcool no mei, eh claro.
SÁBADO BEM APROVEITADO!
Hein Gerald?
Lembro (pouco) que nos encontramos na esquina da Boa Hora, mas achei um sábado tranquilão; muita gente bonita, as fantasias criativas como sempre (ri demais com algumas delas) e o povo na Paz!
Comprando caipiroska a um dos vendedores da ladeira, ele me explicou que a Prefeitura proibiu que ficassem lá em cima (na 13 por exemplo) para dar mais espaço nas calçadas, o que achei extremamente sensato ... mas em seguida ele riu e disse que a partir de hoje (domingo), tentariam subir de todo jeito, porque vendem mais nas ruas do que nas laderias, é claro!
A Prefeitura também colocou banheiros químicos, policiamento presente, Municipal e PM, enfim, foi um sábado bem divertido e saudável ...
O único problema (e que a partir de hoje vai piorar), é o acesso até ao Varadouro; fui de carona e assim que subimos o viaduto do Shopping Tacaruna, o trânsito parou e a partir dali levamos uma hora (1hr!) para estacionarmos lá na frente! Completamente engarrafado, na base do 1ª, anda, pára, 1ª, anda, pára ... sol mandando ver, onibus, taxis, motos e não adianta "esquentar" pois não anda, mas todo mundo cooperando para não estressar geral!
Olinda hoje de novo, domingão?
Acho que não, cara ...
Meus 42 já não "ajudam" muito :)
Passou do meio-dia, banho tomado, rolando um tinto "honesto" ao som de Tchaikovsky, escrevendo essa ideia aqui, e sem coragem para me jogar nas ladeiras de Olinda ... acho que hoje vai ser o dia do descanso, mesmo!
A partir de amanhã só praia ...
Mas Olinda é OLINDA :)
Abraços e bom Carnaval para todos!
Angolla
Nada que uma boa garrafa de tinto não faça ...
... rolou Olinda novamente até 20h :)
"Olinda sem igual, salve o teu Carnaval!"
Angolla
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