Tropa de Elite: sucesso também de Marketing
Tropa de Elite já bateu o recorde do número de pessoas que pagaram entrada para ter acesso ao filme mais comentado no país. De maneira legal, mais de 2 milhões de espectadores já assistiram à exibição do longa nas telonas, desde outubro quando estreou oficialmente. Já acumulou até o dia 12 de novembro, mais de R$ 16, 5 milhões, o que o coloca na nona posição em arrecadação, desbancando até o Quarteto Fantástico 2.
Mas também foi o mais assistido de maneira "irregular" em todos os cantos deste país. Pelo menos é o que apontou uma pesquisa do Ibope. Segundo ela, 11,5 milhões de espectadores viram a uma das cópias ilegais espalhadas pelo país, com a ajuda de camelôs ou pela Internet. Tropa de Elite é, sem dúvida, a prova real de que é o melhor exemplo de Marketing. Nada de comerciais e outdoors. O boca a boca ajudou Tropa de Elite alcançar os números positivos.
Em recente rebelião num dos presídios em Pernambuco, os policiais do Batalhão de Choque da PM, o BOPE pernambucano, escutaram a música tema do filme enquanto se dirigiam para conter a confusão. O longa dirigido por José Padilha foi inspirado no livro Elite de Tropa, escrito pelo antropólogo Luis Eduardo soares, André Batista, ex-oficial da corporação, e Rodrigo Pimentel.Este último foi comandante do Batalhão de Operações Policias Especiais (BOPE).
Pimentel também fatura um pouco mais com o filme. Dá palestras e entrevistas por todo o país. Numa dessas oportunidades, acompanhei o debate em que ele participou na Faculdade Maurício de Nassau, no final de outubro, no Recife.
Para uma platéia cheia, ele destacou que o filme é oportuno para trazer à tona a discussão sobre a violência no Brasil. "O filme atingiu a todas as classes. De uma maneira ou outra, todos estão pensando sobre a violência", afirmou Pimentel. Sobre a corrupção policial foi categórico: "Em todo o mundo existe corrupção, não apenas na polícia, não é mesmo?", provocou.
Segundo Pimentel, Tropa de Elite o surpreendeu em outros fatores. "Numa sessão no Rio, as pessoas aplaudiram as cenas de tortura." Para ele é preciso uma política de segurança pública diferente. "Acredito que é preciso mudar esta política de segurança equivocada. Integras as policiais civis e militares. A polícia tem que ter como foco o cidadão", explicou.
Terminado o debate ele disse ainda sentir "orgulho por pertencer àquele grupo e que nunca havia torturado ninguém".
16 Comentários:
Não assisti, nem pretendo assistir ... um filme que não constrói nada de positivo a meu ver ..aliás endeusa uma violência cada vez mais banal ... e por favor, aplaudir cena de tortura ...estamos regredindo ..aqui está virando uma áfrica mesmo ....até venezuela no mercosul querem colocar ...nem américa mais nese dias somos. Waste of time !
Kakakakakakakaka... Previsível.
Pode crer, Gerald!
Também não, cara ... saco cheio desse filme!
A que ponto a mentalidade do nosso povo chegou (e continua indo), para um filme com esse perfil SACUDIR o país inteiro!!!
Não meu irmão, tou fora ... tem muito filme nacional que rodou legal, excelentes produções e neguinho não deu a mínima (pra variar), no entanto o tal do Capt. Nascimento veio para "moralizar"!
Abraçooo,
Angolla
Clayton Rodrigues disse...
É verdade que tem muita gente ALIENADA por aí. Tantos os que vangloriam o capitão Nascimento (um personagem claramente perturbado na trama), quanto os que nem viram o filme e acham que podem falar alguma coisa. Algo bem comum no nosso País: as pessoas veêm o munto através da tela do computador ou do Jornal Nacional e se sentem peritos em todos os assuntos.
Pior, alguns fumam o seu baseadinho, financiam a violência (não, isto não é papo furado), e ainda gritam indignação.
Achando o filme moralmente condenável, mas de um roteiro e produção excelentes, ou uma merda (mesmo sem tê-lo visto), o mais importante é ter uma visão crítica do todo. O filme é cru, mostra uma realidade que incomoda, causa repulsa (ou regogizo em alguns), porém verossímil. E ponto.
Caro Clayton, qualquer pessoa alienada, ou não, não precisa de mais de 1 minuto de matéria no jornal nacional sobre esse filme pra saber/perceber que é perda de tempo assistir.
Cru ou cozido, não vale a pena mesmo, não constrói nada: perdão, contrói sim, mais um pouco a ideologia da violência ... é como filme de terror b ou c ou sei lá quê, até rima.
e viva o capitão matador ... qual foi a coisa boa no final do filme ao o assistir? o alivio de que acabou ? ou bem, pode ser que uma mente criminosa tenha tido um insight, se soltado mais ou quem sabe até um assassinado foi tramado.
Francamente, querem ver um filme bom vão ver qualquer filme de Fellini, ou Allen ou Bergman ...
Como essa sociedade brasileira está pobre e cada vez mais sórdida ....
Ah! Esqueci do anônimo lá em cima ..aliás ...anônimo sempre é esquecivel, e PREVISIVEL, já que quem não assume seus comentários por inteiro não passa de meia alma, ou alma nenhuma ... e a gente é obrigado a conviver com esse povo, putz ... é muita gente incompleta nesse mundo.
Ahahaha ...
Com Tropa (e aliados) de Elite, eu não perco meu tempo!
Cheiro de leite do caralho, ehehe
Angolla
..... e bota leite nisso Angolla ... e o pior, leite com água oxigenada e soda caústica :(
Eu acho essa discussão descabida. Confesso que, antes de assistir o filme, compartilhava algumas das opiniões de Angolla e Gerald. Mas, depois de assistir, mudei minha opinião. Aconselho que assistam. Até para que possamos discutir o assunto com mais base.
Quem eu achava que iria detestar era minha digníssima mãe. Ela assistiu comigo e gostou da forma pela qual as críticas e discussões levantadas pelo filme foram abordadas.
Quem consome a droga fornecida pelo tráfico ajuda a disseminar a violência? Óbvio. Muitas vezes aqueles que se juntam à caminhadas e movimentações sociais pela paz são os mesmos que acendem seus baseados em casa e dormem em paz, com a consciência limpa. Isso também é fato. A violência/truculência policial existe? Sim... e muito. Sem contar com a corrução na corporação.
O fato de o personagem central - o tal Nascimento - estar virando "herói" nacional é que, na minha opinião, é uma baboseira sem igual. O cara é um doido, atormentado, torturador. Mas não percebi no filme uma tentativa de glorificá-lo. Apenas coloca os fatos e cada um que interprete como bem entender. Talvez a grande parte da população de brasileiros pobres e honestos que assistiram o filme - cansados que estão com a barbárie das nossas metrópoles - tenham resolvido eleger o Nascimento como uma solução vingativa para o problema.
Na minha opinião a violência não será nunca a solução para a violência. Mas quem sou eu para argumentar? Não vivo o duro dia-a-dia que a maioria de nosso povo vive.
domigo besta esse. fazia tempo entrava aqui e nao tinha novo texto e hoje entro e tem logo dois.
sobre Tropa de elite adorei o filme. chocante e forte no tom de critica.
mas nao entendo alguem nao assistir mas ter opinião negativa. é o mesmo que dizer que nao gosta de alface sem nunca ter provado.
se nao viu, o que tem pra falar?
bom tema klever
Cheiro de leite? (Hehehehehe)
De certa forma senti saudade dos amiguinhos que xingavam minha mãe na sexta série. Eu posso (tenho capacidade) de ir mais além no meu olfato:
Eu sinto cheiro de cerveja, de livros que nunca foram lidos, de e-mails idiotas. Sinto cheiro do suor do senso comum, da previsibilidade do baixo repertório cultural, da velhice solitária. Cheiro estranho de fumaça e de hipocrisia.
VOLTANDO PARA O UNIVERSO DOS CIDADÃOS PERSPICAZES --->
A glorificação do Capitão Nascimento é o grande problema - não do filme, mas da sociedade. A mente perturbada e explosiva do personagem de Wagner Moura fica tão óbvia no roteiro que, contando que todo mundo tenha assistido, nem preciso apontar. A questão principal é mesmo a hipocrisia de muita gente por aí. Se muitos deles se sentem capazes de interpretar uma produção brasileira sem ao menos vê-la, que legitimidade suas opiniões pode ter sobre questões mais importantes?
Produção brasileira, aliás, é uma merda. Bom mesmo é Fellini, Von Trier, Woody Allen. Não é, GTS? Muito mais cult.
Lembro de uma conversa com Angolla. Eu e uns amigos discutíamos sobre maniqueísmo, quando, muito humildemente, ele disse não ter concluído os estudos e não saber do que falávamos. Nenhum problema. Fico feliz que pelo menos na net ele tenha acesso ao Google e ao Wikipedia. Viva a WEB 2.0!!!! Que credibilidade, então, você, Angolla, tem para me chamar de criança?
Abraços
Olha eu poderia até achar muita graça nos últimos comentários seus Clayton, acho só engraçado. Não adianta você criticar os outros da maneira que criticou e não esperar uma resposta.
Cult ou não, filme bom é filme bom e coisa ruim é coisa ruim, quanto ao fato de o usuário sustentar o tráfico ... como observado no filme, na cena em que o capitão fala que a culpa é do playboyzinho da zona sul que consome, eu já falo isso há anos, não preciso desse filme pra saber disso, é só pensar.
No Brasil sim há uma produção muito boa de filmes, vide o auto da compadecida ...ou por exemplo o mais recente documentário de fabiano maciel sobre Niemeyer .... você viu?
A questão central é essa, filme bom é filme bom e eu acho que gente deve sempre focar no aspecto construtivo da vida.
Não acho que seja positivo para nossa população ver um filme violento como esse, até por quê, nós sabemos que a maior parte da população não tem base, se influencia com isso.
ESSE TIPO DE FILME É RUIM E PERIGOSO.
Eu acredito que o melhor pro Brasil é se livrar desses estereótipos, lutar contra isso e não banalizar, eu começei a assistir o filme e desisti, não vale a pena mesmo, é sem sentido, é só sensacionalismo.
O brasil não pode ser só violência, putaria, carnaval com putaria ... nós temos que lutar contra os maus estereótipos.
Não faz parte da minha vida fazer imersão nisso, a despeito das palavras VIOLENTAS que vc usou ..ou seja ..isso é o efeito capitão : ESTÁ CARACTERIZADO/CONFIRMADO DEFINITIVAMENTE O QUE EU FALEI ANTES.
Jamais darei vivas ao capitão ou ao seu estilo, o filme é um desperdicio de dinheiro e tempo eu só posso lastimar que no Brasil se cultue isso. Nós temos cultura, história e capacidade pra fazer muito mais do que isso.
Além do quê você conhece muito pouco - ao menos nada de nada de mim ..ou talvez de Angolla, nunca bati papo com você - para no minimo você vir insinuar "inteligência forjada" da minha parte ou de quem quer que seja. Principalmente pela sua conduta de zombar dos outros de graça nos seus posts
Faz uma meditação que melhora, você descaracterizou totalmente esse post com seus comentários amargos, ofensivos e pessoais. Se você por acaso for um jornalista, sinto muito por quem publica seus textos.
Encerro essa discussão por aqui e espero que vc pense bem antes de criticar as pessoas além da conta, é um desrespeito não só com quem lê os posts aqui mas principalmente com os moderadores do Blog.
Perspicaz é algo que você não é, critico muito menos, nem se relacionar com os outros você sabe. E ainda arrota inteligência.
Aprenda a ser construtivo e a se dirigir as pessoas. Já ouviu falar em inteligência emocional?
Pois é, pesquisa ai, você tá precisando
Fim
Foi mal moçada ...
Não completei ... cheiro de leite com rosas ... é!
Leite de rosas, isso aí!
Angolla
(espero o próximo tema)
Centrifugados mal direcionados ...
Meus amigos Sérgio e Klever,
Como comentei antes, estou saíndo fora da Centrífuga; a proposta distorceu, a moçada agora entra visando o lado pessoal ...
Entendo que o foco deveria ser unicamente nos temas que vocês 2 lançam, mas as tentativas em ofender se excederam, vários comentários desrespeituosos, aparentemente "bem escritos", mas tudo com muita vulgaridade e para mim perdeu o sentido!
Quando eu me toquei, estava (e até entrei) nessa esfera medíocre que "surgiu do nada", uma exposição totalmente desnecessária!
Eu não preciso disso ...
Porrada virtual não faz o menor sentido, até porque nem sei lidar com esse tipo de situação ... vai contra os meus príncípios!
Peço desculpas a todos por qualquer atitude errada da minha parte ... e quanto a vocês, Sérgio e Klever, saibam que apesar de nos conhecermos pouco, eu tenho respeito e grande consideração pelos dois!
Certamente o nosso contato se manterá através dos e-mails e com a harmonia de sempre ;)
Abraços,
Angolla
A julgar pelo fato de O Auto da Compadecida ter sido uma microssérie da Globo gravada em película, posteriormente levada para as telas do cinema, sendo seu roteiro (adaptado) não muito mais que divertido e sarcástico, não provocando nenhuma grande reflexão sobre nossos problemas, não vejo porque levar em conta o que GTS falou. Seria melhor citar Cental do Brasil que ganhou oscar e ficou pop.
Quanto ao curta sobre Niemeyer, não vi. Vi muitos outros (inclusive já produzi um - bem ruinzinho, na verdade), mas este não. Da forma como você falou, presumo que seja uma grande dianteira sua.
A respeito da minha grosseria. Sim, de fato extrapolei e perdi a razão. Deveria ter mantido a classe quando li que eu tinha "cheio de leite com água oxigenada e soda cáustica". Depois vi o quanto fui imaturo: soda e água oxigenada servem para conservar o leite ou mascarar sua velhice. Mas eu sou autênticamente novinho. Bobeira minha ter me ofendido.
Ah, eu escrevo bem mesmo, Angolla. Não é só aparência.
Bem, acho que por aqui chega.
Abraços
Bom Clayton o Auto da compadecida me veio a mente na hora que eu estava fazendo o texto, como é possivel ler e ENTENDER, eu me referia a vários outros BONS filmes que foram produzidos no Brasil, TAMBÉM, onde se pode ser incluido Central do Brasil, e não, não mesmo, bom cinema não precisa necessariamente discutir os temas sérios que ao que parece você adora.
Se foi produzido como minisérie ou não, não interessa, o Auto da compadecida é bom filme, é um clássico da literatura brasileira, nordestina, é em película, é filme.
Não sei por que um clássico da nossa literatura deva ser relegado à divertido e sarcástico apenas, O QUE NÃO O É .... :(
Alem disso, o filme sobre Niemeyer não é um curta, é um documentário muito bom e muito bem realizado, é filme mesmo.
Que bom que você é novinho, significa que ainda vai crescer e aprender muita coisa, não troco meus 34 (afinal não há nada de mau em envelhecer/crescer/amadurecer) pelos seus ?????
De qualquer forma vou ignorar definitivamnete seus comentários a partir de agora, que bom que você ao menos reconheceu que abusou das palavras.
abraço
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