CENTRÍFUGA

25.5.06

Quem cochicha o rabo espicha, quem fuça...


Hoje falarei sobre uma categoria emergente na atual sociedade contemporânea. Os Fuçadores, não me refiro a nenhum animal irracional que age por instinto, mas sim pelos ditos seres humanos que são racionais, sociais e dotados de sentimentos e faro para distinguir o certo do errado. Talvez isto lhe cause curiosidade, por isto, nada melhor do que acompanhar com os olhos as humildes linhas escritas abaixo.

Quando o nariz fuça onde não deveria, alguém pode sair incomodado e reações adversas podem acontecer. Entre elas, costas para as fuças, falsa cegueira e outras reações que infelizmente não poderei colocar neste espaço, em respeito àqueles que chegam neste blog, para refletir e não merecem ficar sabendo das outras ramificações ou tipos desta realidade que nos cerca.

Com certeza você já ouviu, “não meta o nariz onde não é chamado”. Existe uma quantidade relevante de “personas non grattas”, que se preocupam demais com vidas alheias e acabam contribuindo para o afastamento e a indignação. Ao deixarem de lado as suas vidinhas perfeitas, projetam no outro o que gostariam de ser e não conseguindo agem como vampiros ou vizinhas fofoqueiras atrapalhando todo o convívio de um grupo. E o pior é que os narizes fuçadores se irritam quando percebem que as pessoas atingidas sabem se defender.

Certo dia, li que nos chateamos ou magoamos quando damos importância para este tipo de coisas. Nos incomodamos, porque para nós isto é importante. O valor que damos as coisas é que determinam essas situações chatas e patéticas. Então só resta uma saída, dar as costas para esses fuçadores ou uma falsa cegueira, ou seja, fingirmos que tais seres menores, não existem. Eu vejo e enxergo o que eu quero, “o que eu não quero eu abstraio”, como diria Doraci, a vizinha do 201.

Deste dia em diante, mudei “um pouco” a forma de encarar as situações. Digo um pouco, pois para atingir um estágio perfeito levarei algum tempo. Ainda bem que acordei. Ignorarei tipos como os citados acima. Quero me tornar um cidadão melhor neste cyberespaço em que vivemos, onde competição, os juízos de valores, a inveja burra e a demência persistem. Cada um deveria cuidar do que é seu, portanto cuidemos de nossos narizes.

Somos obrigados a competir e com isso nos afastamos do outro, por ignorância ou pela falta de capacidade em entender esse mecanismo chamado de relação interpessoal. Mas ainda é possível revertermos isto, pelo menos deixando de lado o fuçamento onde não somos chamados ou não nos dizem respeito. Certamente alguns se perguntariam, como começar? Muito simples, agir e cuidar do que lhe diz respeito.




Podemos é claro, falar daqueles que realmente querem o nosso bem. Aí sim o fuçamento é válido e nos sentimos bem, porque alguém quer cuidar da gente. Esse alguém fuça positivamente em nossa vida, não é um sangue suga como o que já fui mencionado aqui. O que falta no ser humano é esse pensamento. Temos de evoluir, crer num mundo mais justo e mais honesto, mais ético. Sempre é possível mudar, basta dar o primeiro passo e isto só depende de você.

O espaço que temos para cumprirmos nossas obrigações está cada vez menor. Porque devo fuçar o que não me diz respeito? Abram os olhos, porque senão você Fuçador acaba ficando para trás.
Ósculos e Amplexos para todos!
Klever Schneider

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